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Como os Livros de Arte Ganham Espaço e Relevância no Mercado Editorial Brasileiro
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De acordo com dados da Bookinfo, que mapeia o mercado editorial brasileiro, os livros de arte, fotografia e arquitetura conquistaram um espaço singular, embora com tiragens menores devido ao foco na produção de edições diferenciadas e exclusivas, mais externas para o público específico do que para grandes volumes de vendas. Mas por que incluir arquitetura na análise? Esse gênero, embora pareça distante, tem forte intersecção com temas artísticos, como se observa em títulos como A cidade das colunas (Editora 34). A obra de Alejo Carpentier, reunida em 42 fotografias em preto e branco de Paolo Gasparini, explora a arquitetura de Havana e reforça essa sobreposição entre arte e arquitetura.
Os livros de arte se destacam por suas características editoriais e de mercado. Editoras, livrarias e livresiros ouvidos pelo PublishNews ressaltam que o setor enfrenta desafios específicos, como o público altamente nichado e o alto custo de produção, intensificado pelo contexto atual do mercado editorial brasileiro. A Lei Cortez, recentemente aprovada na Comissão de Educação do Senado, trouxe novamente à tona o debate sobre o preço dos livros, um ponto especialmente sensível para os títulos de arte, que muitas vezes se vale de materiais sofisticados e acabamentos especiais para realçar a dimensão estética das obras. Nos fotolivros, por exemplo, é comum explorar formatos diversos e materiais como papelão, brochura e impressão offset, que enriquecem a experiência visual e tátil, sendo fundamentais para comunicar o conceito artístico de cada exemplar.
Essa maior ousadia artística também está atrelada a esses títulos comumente terem menores tiragens, justamente pelo foco estar mais na confecção de um exemplar singular, do que em grandes tiragens comerciais. A Bookinfo coletou dados referentes às vendas de exemplares de arte, fotografia e arquitetura no Brasil.
Confira as listas:
Dez livros mais vendidos de arquitetura no Brasil no último ano:
Hygge (Sextante) — 2818
A psicologia das cores (Olhares) — 1234
Ambientes que inspiram (Gente Autoridade) — 959
Se a cidade fosse nossa (Paz & Terra) — 611
Metrópole (Companhia das Letras) — 380
Manual do Arquiteto Descalço (Bookman) — 351
Cidades para pessoas (Perspectiva) — 334
Branca é a cor do luto (Record) — 295
Móvel moderno no Brasil (Senac São Paulo) — 265
Oscar Niemeyer 1907-2012: the once and future dawn (Taschen) — 159
Dez livros mais vendidos de fotografia no Brasil no último ano:
Amazonia - Sebastião Salgado (Taschen) — 1145
Brazil (Konemann) — 1117
Brazil (Konemann) — 850
Genesis - Sebastião Salgado (Taschen) — 615
Horizonte ampliado (Olhares) — 381
Povos originários (Tordesilhas) — 315
A prática da iluminação perfeita (Alta Books) — 294
Endurance (Nova edição) (Companhia das Letras) — 291
Leia isto se quer tirar fotos incríveis (Olhares) — 289
123 dicas de fotografia (Alta Books) — 267
Ilumine, fotografe, retoque (Alta Books) — 255
Dez livros mais vendidos de arte no Brasil no último ano:
Como desenhar coisas fofas (Editora Sextante) — 7663
O caminho do artista (Editora Sextante) — 4020
O livro da arte (Globo Livros) — 1962
O livro do cinema (Globo Livros) — 1902
BFF Club - Sereias (Editora DCL) — 1321
Vamos colorir - selva (Girassol) — 1255
Livro de colorir antiestresse - Lettering para relaxar (Todolivro) — 1233
Ano Todavia 2024 (Todavia) — 1173
BFF Club - Fadas (Editora DCL) — 1140
Onde está Wally? (MARTINS FONTES) — 1131
Dados referentes às editoras de livros de arte, fotografia e arquitetura no Brasil revelam que não há, na maioria dos casos, um amplo domínio de uma única editora. De forma geral, analisando as três categorias, editoras como Sextante, Taschen, Konemann e Olhares se destacam.